Ópera Estúdio apresenta canções inéditas de Giacomo Puccini

Na terça-feira (29/10), os participantes do Ópera Estúdio – Curso de Formação Interdisciplinar para Cantores Líricos e Pianistas Correpetidores apresentam o espetáculo Experimentos Poéticos – Espetáculo Cênico-musical Baseado nas Canções de Câmara de Giacomo Puccini, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel. A entrada é franca e por ordem de chegada.

Autor de algumas das maiores óperas já escritas, como La Bohème, Madame Butterfly e Tosca, Giacomo Puccini (1858-1924) também foi um prolífico compositor de canções para voz e piano. Uma leva inédita dessas obras acaba de ser lançada na Itália pela editora Casa Ricordi, em homenagem aos 100 anos de morte do compositor, e agora poderá ser ouvida em Porto Alegre pela primeira vez.

No espetáculo, os 17 participantes do Ópera Estúdio se revezarão no teatro para interpretar 16 canções do período romântico escritas por Puccini. Embora pouco conhecidas, algumas delas deram origem a grandes sucessos do italiano, como a ária O Mio Bambino Caro.

“Será a primeira vez que a obra integral para voz e piano de Puccini será apresentada no Rio Grande do Sul. Na verdade, são canções inéditas no mundo inteiro porque usamos material recém-lançado pela Ricordi em homenagem aos 100 anos de morte de Puccini”, explica Flávio Leite, diretor pedagógico do Ópera Estúdio.

Como o nome indica, o espetáculo Experimentos Poéticos não envolve apenas canto, mas uma encenação inovadora, que também contará com figurinos, projeções e cenário. A concepção e a direção do espetáculo é de Carlota Albuquerque, renomada coreógrafa e preparadora corporal.

Segundo a artista, que integra o quadro de professores do Ópera Estúdio, cada intérprete foi estimulado a trazer imagens que conversassem com uma canção. No cenário, foram distribuídas caixas em diferentes formatos. “Serão experimentos corpo/objeto. Múltiplas imagens foram investigadas por cada intérprete, referindo-se às poéticas de suas canções. O espetáculo não tem uma estrutura narrativa linear, mas uma estrutura imagética. Cada intérprete sugeriu, para a cena, uma relação com o objeto caixa”, explica Carlota.