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Voos comerciais voltam a tocar pista do Salgado Filho na manhã de hoje

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Voos comerciais voltam a tocar pista do Salgado Filho na manhã de hoje Salgado Filho ficou seis meses fechado devido à enchente histórica | Foto: Mauricio Tonetto / Secom

É hoje: depois de quase seis meses interditado, o Aeroporto Internacional Salgado Filho volta a receber voos e decolagens comerciais domésticos a partir desta segunda-feira. O primeiro voo a aterrissar na capital gaúcha é o 2603, da Azul, que decolou de Campinas às 6h36min e deve chegar em Porto Alegre logo mais, informa GZH.

A retomada do Salgado Filho ocorrerá de forma paulatina. Inicialmente, estão previstos 71 voos diários (incluindo pousos e decolagens). A Fraport estima que 9 mil passageiros circularão diariamente pelas dependências do aeroporto. O aeroporto vai operar entre 8h e 22h.

A extensão da pista a ser utilizada nesta primeira fase é de 1.730 metros. A partir de 16 de dezembro, a Fraport planeja liberar os outros 1.470 metros, a fim de que sejam retomados os voos internacionais. O primeiro voo internacional será da Latam, informou a colunista Marta Sfredo, de GZH.

Com a retomada do Salgado Filho, a Base Aérea de Canoas suspende hoje a operação de voos comerciais. O uso paliativo da pista de Canoas para pousos e decolagens comerciais havia sido autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 18 de maio.

Relembre — A reabertura do principal terminal aéreo do Rio Grande do Sul motivou uma queda de braço entre a Fraport, que assumiu a operação do aeródromo em 2018, e o governo federal. A concessionária reclamava o pagamento de mais de 270 milhões de reais em razão de perdas da pandemia. O governo, que já havia concordado com o pagamento, não tinha liberado os recursos no momento em que o aeroporto foi inundado pelas águas do Rio Gravataí, em maio.

Quando a água baixou, Brasília passou a pressionar a empresa por uma reabertura rápida, ainda que parcial, enquanto a empresa insistia em aguardar a conclusão das obras de recuperação, previstas para dezembro. Finalmente, prevaleceu a concórdia: a companhia alemã recebeu um aporte de 425,96 milhões de reais do governo federal e concordou com a operação parcial.

Na última sexta-feira, a empresa informou que não exigirá novos repasses. No mesmo dia, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, comemorou: “Reabrimos o Salgado Filho antes do que muitos imaginavam”.

O montante aportado pelo governo é menos da metade do estimado no início da crise, quando a Fraport avaliou a necessidade de quase 1 bilhão de reais para a recuperação do aeroporto. Em resposta a essa avaliação prévia, ainda em junho, acionistas da empresa alemã cobraram a companhia. O grupo exigia “um inventário honesto e implacável, antes de os custos serem socializados e após os lucros terem sido privatizados”.

À época, o jornalista Leandro Demori, do ICL Notícias, revelou que o contrato de concessão entre a companhia e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deixava claro que cabia à empresa qualquer risco “de ocorrência de eventos de força maior ou caso fortuito”.

Lei que obriga prefeitura de Porto Alegre a informar sobre situação de casas de bombas entra em vigor

Após aprovação na Câmara de Porto Alegre, a prefeitura sancionou o projeto de lei que estabelece que o Executivo deve informar em seu site oficial as condições operacionais das casas de bombas e de seus geradores anualmente. Aprovado em setembro, o projeto de autoria do vereador Pedro Ruas (PSOL) previa atualização da situação das estações a cada três meses. Em razão de emenda do vereador João Bosco Vaz (PDT), porém, a periodicidade foi definida como anual.

No dia 10 de maio, a Matinal mostrou que uma das casas de bombas que sucumbiram às águas do Guaíba aguardava conserto havia seis anos. De acordo com documentos oficiais analisados pela reportagem, a prefeitura tinha conhecimento do problema na Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) de número 17 desde 2018, quando foi aberto um procedimento interno que solicitava o conserto desse dispositivo. Além disso, documentos internos do Dmae revelaram que a prefeitura foi comunicada, depois da cheia de novembro de 2023, sobre os problemas em quatro estações que inundaram os bairros Menino Deus, Cidade Baixa, Centro e Sarandi.

Veja a íntegra da Matinal News desta segunda-feira, 21 de outubro.

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