Disputa entre Melo e Rosário cresce na Justiça Eleitoral
Montagem sobre fotos disponibilizadas pela Câmara Municipal
“A Mariazinha tentou falar em corrupção, mas esqueceu que o PT nesse assunto é campeão”, dizia um jingle da campanha do prefeito Sebastião Melo (MDB), em referência à sua adversária Maria do Rosário (PT), até esta segunda-feira. Isso porque a Justiça Eleitoral determinou que a peça seja retirada do ar, por entender que sua letra infringiu a lei que criminaliza a violência política de gênero.
Trata-se de uma decisão baseada em um recurso, já que a primeira instância havia entendido a canção como “irônica e debochada”, mas não agressiva, injuriosa ou difamatória. Para para o desembargador eleitoral Thomaz Telles, porém, chamar a candidata petista de “Mariazinha” demonstra “possível caráter discriminatório por razão de gênero, ao tratar a adversária com reducionismo”. Telles determinou a suspensão imediata da divulgação do jingle, sob pena de multa de 30 mil reais para a campanha e emissoras que descumpram a decisão. Maria do Rosário considera a decisão justa. “Desde o primeiro turno, Melo vem sendo desrespeitoso com as mulheres, atacando Maria e Juliana Brizola”, comentou.
Melo, por outro lado, vinha avaliando sua própria campanha como “alegre, sem entrar em polêmica”, e que esse é um dos fatores que explicam o resultado do primeiro turno. “O resultado brotou”, disse, em entrevista ao Jornal do Comércio.
O emedebista também tem decisões a seu favor. Por determinação do juiz eleitoral José Ricardo de Bem Sanhudo, o vereador Jonas Reis (PT) teve de remover post com tuítes falsos atribuídos ao prefeito Melo. O magistrado considerou “gravíssimas” as alegações de conteúdo produzido artificialmente, informa a coluna de Rosane de Oliveira.
Na semana passada, Sanhudo já havia expedido três vitórias a Melo em ações contra Maria do Rosário e Manuela D’Ávila, importante aliada da candidata petista. Duas ações foram direcionadas a Maria do Rosário. Uma trata de um compartilhamento do perfil Mídia Ninja, que exibia a manchete: “Maria do Rosário dispara, cresce 17 pontos e se aproxima do atual prefeito na disputa em Porto Alegre”, em referência a uma pesquisa Real Time Big Data, que colocava Melo com 57% das intenções de voto e Maria com 43%. O juiz entendeu que não estavam presentes informações da sondagem exigidas pela legislação eleitoral, como período de realização, margem de erro, quantidade de entrevistados ou número de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Outra publicação era a que apresentava uma ilustração de boletim escolar do prefeito Melo. A arte dava nota zero para itens como educação, proteção contra cheias ou saúde, e nota 10 para corrupção. O juiz acolheu os argumentos do prefeito, entendendo que a peça de propaganda impugnada “se mostra ofensiva ao representante”.
Para não esquecer
Foto: Robson Nunes/Ascom Sefaz
Ainda em reconstrução após as enchentes, a Secretaria da Fazenda do RS instalou uma placa na parte externa no prédio, com o intuito de não deixar cair no esquecimento a inundação histórica que atingiu o Rio Grande do Sul em maio deste ano.
Voltada para o Guaíba, a placa indica a altura alcançada pela água. Na torre que dá para a avenida Mauá, o nível subiu 1,58 metros, enquanto na entrada pela avenida Siqueira Campos, a água atingiu 1,76 metros. A peça foi instalada acima da placa que remete à enchente de 1941, quando a água também invadiu o prédio da Sefaz, chegando a 1,33 metros.
Pelo segundo ano consecutivo, UFRGS é terceira melhor universidade do país em ranking da Folha
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul ficou em terceiro lugar entre as melhores universidades brasileiras no Ranking de Universitário Folha (RUF) de 2024, realizado pela Folha de S.Paulo. Com nota geral de 96,44, a UFRGS foi a melhor federal avaliada. Em primeiro lugar, aparece a Universidade de São Paulo (USP), com 98,83 pontos, e em segundo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 98,12 pontos, ambas vinculadas ao estado.
No quesito ensino, a UFRGS ficou empatada em segundo lugar com a Unicamp, com 31,35 pontos. Em pesquisa, aparece em terceiro, com 40,97 pontos, atrás da USP (41,57) e da Unicamp (41,46). A universidade gaúcha destaca-se também em internacionalização (quinto lugar, 3,80 pontos), inovação (nono lugar, 3,58 pontos) e mercado (15º lugar, 16,74 pontos).
Pelo segundo ano consecutivo, a UFRGS aparece entre as três melhores, classificação inédita para uma instituição do sul do país na história do RUF. Em 2023, a universidade havia obtido a mesma posição, a melhor desde o início do levantamento, iniciado em 2012.
