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Gestão Melo contrata empresa para monitorar pavimentação por 5,6 milhões de reais

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Gestão Melo contrata empresa para monitorar pavimentação por 5,6 milhões de reais Foto: Jaqueline Moura / EPTC / PMPA

Uma empresa de São Paulo receberá 5,6 milhões de reais ao longo de dois anos para monitorar a qualidade da pavimentação dos mais de 3,4 mil quilômetros de ruas de Porto Alegre. Os recursos do projeto são oriundos de um pacote de 60 milhões de reais contratado em 2022 junto ao Banco do Brasil a fim de efetuar melhorias no sistema viário de Porto Alegre.

Para realizar o trabalho, 30 veículos contratados pela Intelicity Informática Rastreamento e Telemetria com câmeras acompladas percorrerão a cada 30 dias cerca de 2 mil quilômetros, em média, pelas vias da capital. O material gravado será enviado a uma central, a partir da qual serão geradas ordens de serviço para equipes da prefeitura e efetuado monitoramento do trabalho de recapeamento do asfalto ou das pedras do calçamento.

O programa foi batizado de Sistema de Gestão Integrada de Pavimentos de Porto Alegre (Gipav-POA). A partir de segunda-feira, as câmeras começarão a ser instaladas em veículos de terceiros contratados pela Intelicity para obter as imagens. “O sistema prevê que veículos que circulam na cidade, como aplicativos e táxi, através de convênio com a prestadora do serviço, realizem a avaliação das condições dos pavimentos da cidade”, explicou o secretário municipal de Serviços Urbanos, Assis Arrojo, a GZH.

De acordo com a prefeitura, a empresa identificará buracos, valetas, remendos, deformações e trincamentos que serão alvo de pedidos de reparos. A Intelicity já efetua serviços similares em Curitiba, São Paulo e Recife.

Município iniciou revitalização da Orla de Ipanema antes de contratar estudo sobre proteção contra cheias — As obras no Calçadão de Ipanema, na zona sul da capital, começaram na semana passada, antes da gestão de Sebastião Melo contratar um estudo para desenvolver o sistema de proteção contra cheias na região, o que ocorreu no dia 15, informa reportagem do Sul21. Para o deputado estadual Matheus Gomes (Psol), a intervenção carece de planejamento adequado e foi iniciada sem consulta ao Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), o que poderia agravar os alagamentos na área.

A Prefeitura defende as intervenções, que serão financiadas com recursos de contrapartida da Multiplan. Estão previstos a substituição do calçamento de pedra por concreto, um reforço na contenção – também feito em concreto, com 45 centímetros acima do calçadão –, e a colocação de pedras ao longo do espaço para servir como quebra-mar. O muro projetado, destaca Matheus Gomes, terá um metro a menos do que o nível da água registrado na cheia de maio, o que coloca em dúvida a capacidade da obra de conter enchentes.

Sem Lula, ministros pousam hoje no Salgado Filho para solenidade de reabertura do aeroporto

Depois de 168 dias interditada em razão de danos ocorridos durante a enchente, a pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho voltará a receber pousos e decolagens a partir de segunda-feira. Para celebrar a reabertura, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissará hoje no aeroporto, trazendo a bordo os ministros da Secretaria de Comunicação de Governo, Paulo Pimenta, e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e outras personalidades acompanharão os ministros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a cogitar participação no evento, mas cancelou a viagem.

Ex-ministro da Secretaria Extraordinária para Reconstrução do Rio Grande do Sul, Pimenta afirmou que a volta do Salgado Filho à operação é provavelmente “o maior símbolo da retomada da atividade econômica”, acrescentando que reabrir o aeroporto foi “um desafio enorme”.

Como principal nome do governo federal no estado durante a enchente, o ministro pressionou pela reativação do local, ainda que de forma parcial. Essa fórmula acabou prevalecendo, apesar da resistência da Fraport, que administra o aeroporto. Inicialmente, a concessionária calculava que a reabertura somente seria possível em dezembro. A empresa exigia também o pagamento de 291,7 milhões de reais referentes a recomposição de perdas financeiras durante a pandemia.

Razões locais estão associadas a recordes de comparecimento e abstenção em dois municípios gaúchos

A julgar pelos municípios com maior e menor índice de abstenção na eleição municipal deste ano no Rio Grande do Sul, não há relação direta entre o fenômeno e os eventos extremos que atingem o estado desde meados do ano passado. O recorde de ausências de eleitores ficou com Uruguaiana, na Fronteira Oeste, com uma abstenção de 33,79%. O prefeito eleito, Carlos Delgado (PP), que obteve 47,55% dos votos válidos, apontou o alto número de habitantes que deixaram o município por razões econômicas como uma possível causa da abstenção elevada. Segundo dados do Censo 2022, Uruguaiana foi uma das cidades gaúchas com maior queda de população (6,6%).

No centro de uma das regiões mais afetadas pelas enchentes, Canudos do Vale registrou a menor abstenção do estado: 4,31%. O atual vice-prefeito Macio Berghahn (PSB) venceu o pleito com 51,51% dos votos válidos, contra o atual prefeito Paulo Bergmann (MDB), que obteve 48,49%. Com os dois integrantes da atual administração como únicos concorrentes e em clima de batalha renhida pelo voto, o pequeno município, com 1,9 mil eleitores, compareceu em peso às urnas.

Matinal mostrou na semana passada, em reportagem de João Neto, que as razões para a abstenção de muitos eleitores no primeiro turno na capital foi de natureza política.

 

Veja a íntegra da Matinal News desta sexta-feira, 18 de outubro.

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