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Secretário admite descumprimento de PPCI em prédios da capital

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Secretário admite descumprimento de PPCI em prédios da capital Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Léo Voigt, vai à Câmara Municipal falar sobre o incêndio ocorrido na Pousada Garoa | Foto: Ederson Nunes/CMPA

“Se nós vamos exigir PPCI para que se ingresse em qualquer prédio, mais de 60% dos prédios de Porto Alegre terão que ser interditados.” Essa declaração é do secretário de Desenvolvimento Social de Porto Alegre, Leo Voigt, em entrevista à Rádio Gaúcha ontem, em que reconheceu a dificuldade de cumprimento do Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndios (PPCI) na capital.

Voigt pontuou que se os critérios do PPCI forem levados em conta, inclusive prédios de órgãos oficiais seriam interditados. “Os prédios antigos foram edificados no tempo em que não se discutia acessibilidade, proteção e assistência”, afirmou. Contudo, no caso da Garoa, dona da pousada incendiada na sexta, jamais um pedido de PPCI foi protocolado junto aos bombeiros, segundo o jornalista Jocimar Farina. Em entrevista à Matinal, o secretário negou conhecer as denúncias que pesam contra a rede, seja no processo que tramita no Ministério Público, sejam os relatórios produzidos por servidores da Fasc. A direção da fundação, aliás, já tinha conhecimento da precariedade das pousadas, conforme revelamos ontem.

Ao comentar sobre a rede de hospedagens, o secretário citou que a rede tinha “toda a documentação que a legislação exige”. Reportagem da RBS TV mostrou que a empresa sabia previamente datas e horários em que haveria fiscalização em suas unidades. O grupo era avisado por uma servidora da prefeitura, que admitiu o procedimento, mas explicou que isso era necessário para preservar a privacidade dos hóspedes e porque algumas pensões da rede ficavam trancadas durante o dia e precisavam de alguém disponível para abrir a porta.


Nesta segunda-feira a prefeitura iniciou a vistoria nas pensões da Garoa. As visitas ocorreram em três dos 23 endereços da rede. Os três locais receberam notificações de melhorias que precisam ser executadas em prazos que chegam a até sete dias. Uma das pousadas sofreu interdição parcial por falta de ventilação.

Veja outras notícias desta terça-feira, 30 de abril.

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